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Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes - Pedregulho

Arquitetos: Carmen Portinho e Affonso Eduardo Reidy 

Ano do projeto: 1947 

Ano de conclusão da obra: 1954 

Endereço: Bairro de São Cristóvão Rio de Janeiro Brasil 

Tipo de projeto: Residencial  

Status: Construído  

Materialidade: Concreto 

Estrutura: Concreto 

Localização: Bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro, Brasil 

FONTE: https://www.archdaily.com.br/br/01-12832/classicos-da-arquitetura-conjunto-residencial-prefeito-mendes-de-moraes-pedregulho-affonso-eduardo-reidy

A obra segue princípios Le Corbusier como de unidade de vizinhança com o projeto de habitação vinculada a serviços. O projeto foi idealizado para servir de moradia para funcionários de baixa renda do até então Distrito Federal, Rio de Janeiro.  

Possuía escola, ginásio, lavanderia, centro de saúde e projeto paisagístico do Burle Marx, além de algumas intervenções artísticas de nomes celebres da arte como os azulejos feitos por Portinari. Ratificando a posição de Carmen sobre a importância de se unir arquitetura e arte.  

Com essa vasta gama de serviços próximos a moradia, seria uma maneira de proporcionar maior independência a mulher sobrecarregada com todas as atividades domésticas, cenário comum nesse contexto histórico, além de conseguir aumentar a quantidade de unidades de habitações no conjunto por área. Na prática, não foi muito bem aceita a lavanderia na área externa, por exemplo.  

O layout com grandes corredores, e muitos espaços como áreas comuns foi projetado para incentivar a socialização entre moradores. Além disso, o acesso ao edifício residencial principal se dá no terceiro andar, onde há uma extensa varanda emoldurando uma vista do alto do Rio. Devido a sua implantação em um terreno acidentado, o acesso pelo terceiro andar faz com que a locomoção por escada em todos os pavimentos seja possível.

O Conjunto possui dois tipos de planta baixa base dos apartamentos residenciais. Uma com apenas um pavimento e uma com apartamento duplex para famílias maiores (como mostram as plantas abaixo).

PEDRE PLANTA BAIXA AP 1.png
PEDRE PLANTA BAIXA AP 2.png

Outro aspecto revolucionário para a época, foi a introdução da moradia social na tipologia de edifício. Antes do movimento modernista no Brasil tomar mais força, o mais comum eram unidades habitacionais isoladas (casas soltas no lote ou germinadas), configuração que não muito eficiente no uso de áreas, ocupava-se muito espaço do solo urbano para a construção e, portanto, só se conseguia lotes distantes do centro da cidade. A arquiteta e urbanista Carmen Portinho defendia a construção em edifício em altura para essas situações, dessa forma conseguiam moradias sociais mais próximas aos centros urbanos, proporcionando maior qualidade de vida ao trabalhador, morando próximo ao local de trabalho.

"É hora de oferecer ao homem [do século 20], na idade da máquina [...] habitação digna de sua era. Uma máquina para viver, bem montada e organizada, que lhe permita recuperar aquela coisa inestimável, que hoje está quase perdida, que é a liberdade individual. Construiremos o abrigo do homem como se constrói o automóvel ou o vagão do trem. Vamos adaptar a moradia à economia moderna"

Carmen Portinho

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